terça-feira, 14 de agosto de 2018

PARA SABER MAIS:

ESPOROTRICOSE: A UNIVERSIDADE E O PODER PÚBLICO NA ABORDAGEM DE UMA ENDEMIA URBANA NEGLIGENCIADA 

( http://www.sbmt.org.br/medtrop2016/wp-content/uploads/2016/12/9914-Esporotricose-a-universidade-e-o-poder-pu%CC%81blico....pdf )




GRUPO B- DOENÇAS, AGRAVOS E EVENTOS DE SAÚDE PÚBLICA DE NOTIFICAÇÃO COMPULSÓRIA SEMANAL

Esporotricose em Humanos
(https://www.legisweb.com.br/legislacao/?id=328576)



VIGILÂNCIA EM SAÚDE EM PERNAMBUCO E A ESPOROTRICOSE HUMANA:

(https://docs.wixstatic.com/ugd/3293a8_4076b337ef7a4681885bbea9fa1d6aa1.pdf )

Ações em Andamento pelo Combate à Esporotricose em Pernambuco:

Atualmente em Pernambuco , principalmente na Região Metropolitana do Grande Recife, temos algumas ações  sendo executadas. Destacando-se as ações feitas nas grandes instituições de ensino do Estado.

1-UNIVERSIDADE FEDERAL RURAL DE PERNAMBUCO- UFRPE
Setor de Veterinaria,

Hospital  Escola Veterinario
Professora Adjunta Roseana T. Dinis Moura

Ação:Atendimento  e orientação ao tratamento em felinos. 
          Captação de dados estatísticos da doença 
          Desenvolvimento do Protocolo de Biossegurança e Biosseguridade no manejo de animais com            esporotricose.

Ultima ação realizada:

Para poder cobrar ações e políticas públicas voltadas para esta doença de potencial zoonótico, está trabalhando a comprovação da sua casuística (incidência, frequência) no estado de PE.

Protetores voluntários envaram dados para montar um gráfico estátistico que será apresentado em reunião com profissionais veterinários e da área de saúde pública, dia 1 de setembro de 2018.

Na ocasião será discorrido  situações sobre a doença e seus tratamentos e será apresentado a casuística. Haverá  uma mesa redonda sobre o que fazer e como fazer em diferentes situações no atendimento e no manejo de um gato com esporotricose.

A conscientização da saúde pública  e o quão importante é definir ações para evitar que a doença se espalhe com mais intensidade no Estado, pondo em risco mais animais e seres humanos, será enfocado.

Mediante esta realidade, será  negociado o apoio desde o controle populacional, de diagnóstico, tratamento, destino dos cadáveres, etc. Algo parecido com o que se tem feito com seres humanos.

CASO QUEIRA PARTICIPAR DESTA AÇÃO, NOS ENVIEM DADOS O MAIS URGENTE POSSÍVEL, PARA QUE POSSAMOS MOSTRAR AOS ÓRGÃOS PÚBLICOS A REALIDADE DA ESPOROTRICOSE EM PE.

PRECISAMOS APENAS QUE NOS ENVIEM  INFORMAÇÕES SOBRE O ANIMAL:

 Sexo --
Bairro onde foi resgatado ou vive -- 
Estilo de vida (se domiciliado, semidomiciliado ou de vida livre/de rua) --
PARA O  E-MAIL:E-Mail: fichaesporotricose@petspe.com.br


2- UNIVERSIDADE FEDERAL DE PERNAMBUCO - UFPE
Setor de Micologia

Hospital das Clínicas
Professores: Rejane Neves e Professor Reginaldo Gonçalves

Ação: Atendimento e tratamento de pessoas vítimas de infecção da esporotricose.
          Projetos de Pesquisa e Extensão 


3- UNIVERSIDADE DE PERNAMBUCO - UPE
Setor de Micologia

Hospital Oswaldo Cruz
Professora: Laura Teixeira da Costa

Ação: Atendimento e tratamento de pessoas vitimas de infecção da esporotricose
          Projetos de Pesquisa e Extensão


4- ASSOCIAÇÃO DOS PROTETORES DE ANIMAIS DE PERNAMBUCO- APAPE
 Protetores de Animais Voluntários.

Coordenadores: Andreia Gadelha e Leonardo Daher.

Ação: Cadastramento de voluntários para fazer o tratamento de animais (gatos em sua maioria), que seguem o protocolo de biossegurança e biosseguridade criado pela professora Roseana Dinis, para compra de medicamentos com descontos nas farmácias de manipulação.

5- Pró-ESO, Pró Esperança e Solidariedade.
Instituto Beneficente
Presidente: Ana Carolina Terra de Moura
 Projeto Farmácia Solidária:
Ação: 1-Tratamento Beneficente
           2- Grupo no Whatsapp para aquisição a preço popular de medicamentos.

https://chat.whatsapp.com/JMOWi0bW2VrDTRYEdggf7D

terça-feira, 24 de julho de 2018

4-Esporotricose - Vídeo da Fiocruz









3-Protocolo de Manejo de Animais com Esporotricose




Biossegurança e Biosseguridade no Manejo da Esporotricose Felina

Protocolo sugerido, que pode ser seguido pelo médico veterinário e tutor, no manejo de gato(s) com suspeita de ESPOROTRICOSE, resgatado(s) por protetores de animais (condições financeiras restritas):

Primeiro passo – Cuidados Profissionais:

Levar para um(a) Veterinário(a) para realização de anamnese, exame físico detalhado e coleta de material biológico das lesões, para encaminhar para exame citológico e, caso necessário, cultura fúngica, para diagnóstico definitivo, orientação e prescrição do tratamento clínico do animal. SÓ O MÉDICO VETERINÁRIO TEM COMPETÊNCIA PARA AJUDAR SEU ANIMAL, COM PROFISSIONALISMO.

O veterinário, de preferência, poderá:

- Desparasitar interna e externamente.

- Cortar as unhas.

- Limpar os ouvidos, e se tiver suspeita de otocaríase aconselha-se tratar (para reduzir contato ao máximo com o animal, usar tratamento alternativo: instilar 2 gotas de fipronil spray em cada ouvido, repetindo o tratamento 21 dias após a aplicação). O uso tradicional de medicamento otológico ou pipeta/bisnaga “pour/spot on” para otocaríase, pode ser instituído, se preferir.

- Se tiver sarna, ivermectina/doramectina injetáveI a 1% (0,02 mL/kg/SC ou VO em dose única). Pode repetir com 14 dias após.

 - Presença de ectoparasitas na pele e/ou pelagem, aplicar de 0,07 a 0,1mL/kg de fipronil spot on/bisnaga/pipeta na região dorsal do pescoço (na cervical em cima do pescoço), no espaço entre as orelhas, e não deixar chegar ao nível da cernelha/escápulas. Cuidado para não escorrer pela face, pelos olhos e pescoço do animal.

- Orientar, ao tutor/responsável, da importância de seguir o protocolo de tratamento à risca, sem interrupção e por tempo longo (determinado pelo(a) veterinário(a) a partir de exames bimestrais), além dos custos do tratamento e cuidados funda-mentais no manejo (biossegurança e biosseguridade). A droga pode ser ingerida com alimento úmido até 5 min após aberta.

 Segundo passo – Cuidados Tutelares:

- Após 3 a 4 dias de aplicado o fipronil, dar banho morno em horário mais quente do dia (10 às 13h), com Clorexidine 1% a 2% ou Aseptol®. Após, enxaguar bem e enxugar com toalha de papel (depois queimar ou desprezar em vaso sanitário).

- Higienizar a pelagem do animal cada 7 ou 14 dias. Pode usar toalhas de papel embebidas em álcool a 70% ou clorexidine 1% a 2% diluída em água, a depender das lesões e temperamento do animal. Queimar ou desprezar em vaso sanitário, as toalhas.

- As unhas deverão ser cortadas a cada 15 a 21 dias.

 - O animal deverá ser mantido completamente isolado de outros animais e pessoas. Deverá ser mantido em box (tipo canil/gatil) de preferência azulejado (telado ou gradeado) ou em gaiola grande (tipo de coelho) em ambiente isolado. O ambiente deverá proporcionar o mínimo de bem estar animal — brinquedos descartáveis ou laváveis; luz solar indireta e local arejado; ambiente e fômites desinfetados duas vezes ao dia; água potável e alimento específico para a espécie; higiene do animal e socialização (conversar, acariciar) etc.

-Locais com insetos, as gaiolas e boxes deverão ser isolados com tules, que deverãoo ser descartados (queimados, incinerados) sempre que necessário (sujos).

- Todo o manejo do animal deverá ser feito com Equipamento de Proteção Individual (EPI) — máscara, touca e luvas descartáveis; bota de borracha; calça e camisa compridas com batas de tecido ou descartáveis por cima; e óculos de proteção fechados nas laterais. Caso o tutor não consiga comprar aventais ou calças descartáveis, deverá usar uma roupa de mangas compridas e calça comprida de qualquer tecido e, sobre esta, colocar uma roupa de tecido leve impermeável, como TACTEL, que após uso deverá ser deixada no molho por 24h, com produto apropriado**. Fazer uso de várias camadas de luvas (3 a 5), e se desfazer destas camadas à medida que necessitar, para manusear objetos sem contaminá-los.

- Todo material usado (papel, papelão, algodão, gaze, etc) e o EPI descartável deverão ser incinerados antes do descarte ou colocado em coletor especial de descarte de material biológico, ou queimado com álcool ou querosene (pode colocar tudo em balde de alumínio/latão ou terrina/bacia grande de barro). Os EPIs não descartáveis (óculos, botas de borracha) deverão ser desinfetados com água corrente, depois fervente, e então deixados em molho com produto apropriado**, enxaguar depois.

 - Gaiolas, grades, paredes e pisos dos boxes, e fômites deverão ser desinfetados duas vezes ao dia (lavar primeiro com água, em seguida usar hipoclorito de sódio/água sanitária + detergente, deixar de molho e então enxaguar.

**Em seguida à pré-lavagem, aplicar cloreto de benzalcônio/amônia quaternária (CB30, Herbal Vet, Hysteril, Vancid 10) em diluição indicada, ou Lysoform® (puro) ou Virkon® (diluição indicada), deixar agir, enxaguar e secar. O uso de lança chamas deve ser feito sempre que possível. - Solo e calçadas externas de casas deverão ser desinfetadas cada 15 dias com cloro ou Lysoform®, e fogo sempre que possível.

- Qualquer “mudança estranha” ou piora no quadro do animal, o(a) veterinário(a) deverá ser consultado(a). Qualquer lesão em contactante humano, este deverá procurar profissional médico humano ou ser encaminhado, pelo veterinário, ao LACEN-PE.

- Por ser uma doença de importância na Saúde Pública, comum entre animais e seres humanos que se contaminam pelo solo ou entre si, caso o tutor não tenha condições de tratar ou de dar continuidade ao tratamento, o(a) veterinário(a) deverá ser notificado(a) de imediato, para que o animal seja eutanasiado sob termo de compromisso do tutor e, assim, evitar o sofrimento inevitável do animal sem tratamento ou abandonado doente; assim como a contaminação do ambiente e de outros animais não humanos e humanos.

Medicina Veterinária do Coletivo: Saúde, Respeito e Direito para todos RTDM



2-Casos de esporotricose e Projeto Piloto

A esporotricose:


Ela é fungo de solo que atinge pessoas e animais, Também chamada de " Doença do Jardineiro".  Porém vale salientar que este fungo atinge QUALQUER MAMÍFERO.
GATOS, CÃES, PORCOS- QUE TENHAM CONTATO DIRETO COM O SOLO CONTAMINADO PELO FUNGO,
Atualmente aqui em Pernambuco o FOCO de pessoas contaminadas eram em sua maioria dos plantadores de Rosas de Gravata e Garanhuns.
Por ser uma micose subcutânea (acometida mais em área rural) chamou atenção o fato de ESTAR aqui na area urbana. A maioria dos médicos ainda a desconhecem e acabam confundindo com outras micoses. Observamos a alta incidência de animais contaminados e decidimos então lançar o projeto piloto.
Quais são os sinais da doença nos gatos? Os sinais mais comuns nos gatos são o surgimento de feridas ulceradas (abertas/profundas), que geralmente não cicatrizam ou cicatrizam e ressurgem no mesmo local. Uma outra forma clássica de manifestação da doença é a lesão " nariz de palhaço", como na foto abaixo:
A primeira coisa a fazer ao observar quaisquer desses sinais em seu animal é levá-lo a uma clínica veterinária para o correto diagnóstico. No caso de lesões ulceradas o exame para detecção da doença é bem simples e indolor. É feito um "imprint" da lesão, que nada mais é que encostar uma lâmina de microscopia no local e enviá-la para o laboratório para ser analisada. O resultado normalmente é liberado dentro de 24 horas e já é possível iniciar o tratamento caso seja confirmado o diagnóstico.
O tratamento é feito com antifúngico oral prescrito pelo médico veterinário na dose adequada para o seu animal. Em alguns casos podem ser acrescentados medicamentos auxiliares e tratamento local para as lesões, dependendo da gravidade. A duração do tratamento pode variar de 2 meses até 1 ano, de acordo com a resposta apresentada.

É importante que sejam tomados alguns cuidados para evitar a transmissão da doença para outros animais ou mesmo para as pessoas:
 - Mantenha o animal em local isolado de animais sadios (mesmo de outras espécies, como cães por exemplo);
 - Não permita que o animal saia de casa;
 - Evite manusear demais o animal. Caso tenha crianças em casa explique a situação para elas e redobre a atenção; 
- Use luvas ao manipular o animal ou aplicar medicamentos nas lesões;
 - Lave bem as mãos com água e sabão após ter contato com o animal;
 - Higienize o ambiente onde o animal se encontra com água sanitária ou cloro. 

O medicamento oral é em cápsulas e quem tem um gato sabe o quanto é difícil fazê-los tomar, nesses casos extremos converse com o veterinário sobre a possibilidade de medicação manipulada em forma de pasta palatável. Essa forma só é produzida em farmácias de manipulação veterinária. É mais fácil e bem menos estressante para o gato e para o dono, que não precisa ficar apreensivo de levar um arranhão e se infectar. Basta aplicar a pasta no dorso da pata dianteira do gato e ele irá lamber feliz da vida! Por isso lembre-se de escolher o sabor preferido do seu bichano.
O que fazer se meu gato me arranhar? Se mesmo com todos esses cuidados o acidente acontecer, mantenha a calma. Lave bem o local do arranhão com água e sabão ou álcool iodado e observe a lesão diariamente. Em caso de qualquer alteração ou dificuldade de cicatrização procure o serviço de saúde mais próximo.
 Médicos têm dificuldade de diagnosticar a doença por não ser tão comum, então seja claro e explique que foi arranhado por um animal infectado. O tratamento em humanos também é feito com o mesmo antifúngico oral, devidamente prescrito pelo médico.
(Lesão de esporotricose humana)
Como proteger meu animal e minha família dessa doença?
A principal forma de se evitar essa doença é muito simples: mantenha seu animal dentro de casa, é simples assim! Infelizmente as pessoas ainda têm a ideia de que um gato precisa "passear" e que isso faz bem para eles. Ao contrário, quando um animal sai na rua por conta própria está exposto à doença, pois vai procurar um local com terra para enterrar as fezes e pode se envolver em brigas com outros gatos, podendo ser infectado também dessa forma.
Portanto, mantenham seus animais a salvo dentro de casa sob sua responsabilidade e cuidado. Telas são essenciais para que eles não fujam e a castração ajuda no processo, pois o animal não terá o estímulo de sair para procurar um parceiro.
 E por último, porém não menos importante: não abandonem seus animais se estiverem infectados! Você só estará contribuindo para a disseminação da doença, além de ser um ato de extrema crueldade. Com os cuidados adequados é possível que o animal seja tratado e não transmita a doença Fonte: http://www.diariodaruiva.com.br/2017/03/a-verdade-sobre-esporotricose.html


PROJETO DE COMBATE A ESPOROTRICOSE- PILOTO (CURADOS)
- Multidisciplinar e de integração entre sociedade e instituições governamentais afins.

Tem como finalidade auxiliar as autoridades competentes das áreas afins e integrar a sociedade Civil e as redes de proteção animal no combate à disseminação da ESPOROTRICOSE. Estará dividido em 05 ETAPAS distintas. Em conjunto formarão a REDE DE COMBATE ENDÊMICA DA , também conhecida, "DOENÇA DO JARDINEIRO -ESPOROTRICOSE " Caberá de forma pontual, cada entidade relacionada no Projeto, a uma etapa de contingência para a erradicação do fungo na zona urbana e de incidência de desova de animais abandonados com a doença. Também estarão integradas a este projeto os setores educacionais e de saúde pública, com seus agentes especializados, e, principalmente as entidades de proteção animal e voluntária.
São as etapas:
 1- DIVULGAÇÃO e MAPEAMENTO.
 2- Cadastramento de voluntários para os cuidados especiais protocolais de manejo de animais contaminados e acolhimento (PÓS DIAGNÓSTICO DE EXCLUSÃO E/OU CONFIRMAÇÃO )
3-Equipe Multidisciplinar das áreas de saúde e educação para PALESTRAS nas escolas e instituições.
 4- Ação de Execução de Higienização e Esterilização das Áreas de SOLO CONTAMINADAS, E identificar através do mapeamento inicial-Sendo Executado pelas autoridades dos órgãos competentes. (CVA)
 5- Comprometimento em ação social das SECRETARIAS DE SAÚDE E MEIO AMBIENTE, Através da DOAÇÃO de medicamentos para PESSOAS E ANIMAIS infectados. Em auxílio aos Protetores de Animais COMPROMETIDOS E CADASTRADOS COMO VOLUNTÁRIOS no manejo dos animais infectados. Por se tratar já de uma ENDEMIA.

COMO VOCÊ PODE PARTICIPAR DESTE PROJETO?
Existem algumas maneiras de você nos auxiliar neste Projeto.

1- Como Agente de Mapeamento: 
Nesta primeira etapa, ela ocorrerá em redes sociais. Ao encontrar animais com este tipo de lesão, FOTOGRAFE e envie IMBOX ou para a página do WhatsApp 

https://chat.whatsapp.com/AMK8tDGRZZC8pNmBxyKs0b


 Deve constar junto a foto a DATA em que foi retirada, local com nome da rua e o ponto de referência de onde encontra-se o animal. 

A foto do animal encontrado também será publicado no 🚑 Grupo Emergências - Pets PE - Grupo exclusivo para pedidos de ajuda para socorros, consultas, tratamentos, caronas, resgates, pedidos e ofertas de castrações e pedidos e ofertas de lar temporário. Link

https://chat.whatsapp.com/6qULn9txzRL1Suu4iQs6Em



Após receber este material (que servirá mais adiante como material comprobatório para catalogação dos locais de incidência da doença e possível contaminação do meio ambiente). Usaremos para mapear e zonear as áreas contaminantes.

  2- Como Voluntário de Resgate e Acolhimento:
Estamos Cadastrando voluntários que cuidem destes animais infectados. Desde que sigam corretamente o manejo destes animais:

 👉🏼 Protocolo a ser seguido no manejo de gatos com suspeita de ESPOROTRICOSE resgatados por protetores de animais ( em condições financeiras restritas) -

Primeiramente, levar para um(a) Veterinario, para exame físico (observar secreções nasal e ocular, nodulações e lesões pelo corpo) e coleta de material biológico das lesões, para encaminhar para diagnóstico citológico e, caso necessário, para cultura fúngica. O veterinário deverá:

- Desverminar/vermifugar
 - Cortar as unhas -
Limpar os ouvidos (se tiver suspeita de otocaríase (ácaro nos ouvidos, que produzem cerume como borra de café), instilar 2 gotas de FIPRONIL SPRAY em cada ouvido).
Repetir o tratamento 21 dias após a aplicação.
 - Se tiver sarna, fazer uma dose de ivermectina ou doramectina injetável a 1% (0,02 mL/kg/SC em dose única). Se possível, repetir com 14 dias após.
 - Observar a presença ou não de ectoparasitas (parasitas na pele e pelagem), caso tenha, aplicar 0,1mL/kg de peso de FIPRONIL spot on/bisnaga (pode ser fipronil para cães ou gatos) na região dorsal do pescoço, na cervical/em cima, no espaço entre as orelhas. Cuidado para não escorrer pela face, pelos olhos e pescoço.
 O protetor deverá; - Após 3 dias de aplicado o fipronil, dar uma banho morno em horário mais quente do dia (10 às 13h), com Clorexidine ou Aseptol. Após enxaguar bem, aplicar água morna avinagrada (vinagre de álcool) em toda a pelagem e patas do animal (pode ser um balde com água com vinagre para mergulhar o corpo do gato ou colocar a solução num borrifador e aplicar). Secar o animal com toalha, sem enxague.
 - Higienizar a pelagem do animal 1 vez por semana. Pode usar álcool a 70°, para este procedimento; caso não seja possível, usar clorexidine. Fazer isso com toalha de papel, para depois queimar.
 - O animal deverá ser mantido completamente isolado de outros animais e pessoas. Deverá ser mantido em box (tipo canil/gatil) de preferência azulejado ou em gaiola grande (tipo de coelho) em ambiente isolado.
 O ambiente deverá proporcionar o mínimo de bem estar animal (brinquedos descartáveis ou laváveis, luz solar indireta, arejado, higiene duas vezes ao dia, água potável, alimento específico para a espécie, higiene do animal, higiene dos fômites, etc)
 - Todo o manejo do animal deverá ser feito com Equipamento de Proteção Individual (EPI), como máscara, touca e luvas descartáveis; bota de borracha; calça e camisa compridas com batas de tecido ou descartáveis por cima; e óculos de proteção fechado nas laterais. Todo o EPI descartável, deverá ser incinerado antes do descarte ou levado para ser colocado em coletor especial de descarte de material biológico, ou queimado com álcool ou querosene. Os EPIs não descartáveis, deverão ser desinfetados com água corrente e uso de amônia quaternária ou cloreto de benzalcônio, ou cloro e deixado em molho, pra enxágue depois.

  Os voluntários que seguem este protocolo serão beneficiados com a compra do medicamento com descontos. Contato in box ou através do grupo de Divulgação dos Curados no WhatsApp 

https://chat.whatsapp.com/ElOKBNKb72bHfFQYR42cN1


3- Como Doador

O manejo destes animais e a própria medicação é muito onerosa.
 Até conseguirmos material suficiente para o Governo se sensibilizar, teremos muitas pessoas e animais infectadas. Há carência de políticas Publicas no que se refere ao combate da Esporotricose,   neste caso especifico é praticamente nulo.
 Portanto, atualmente só contamos com o apoio da sociedade civil para combater este fungo. Qualquer ajuda será bem vinda.
Lista de donativos caso você tenha em casa e queira doar:

  Material de limpeza:
Panos de chão,
TNT,
 Água sanitária,
 Desinfetante SANOL ou Pinho Sol legítimo,
Tapetes higiênicos,
 Areia Sanitária.
Luvas sem látex.

  Alimentos: 
Sachê ou patê para Gatos/Cães
 Ração seca (Premium ou super premium- pois os animais na maioria "de rua" estão subnutridos).

  Medicamentos :
Antitoxico
 Hemolitan Gold
Soro intravenoso com equipo e cateter n.16/ ou n.18.
 Gaiolas
Todo material descrito acima para o manejo de animais contaminados pelo fungo causador da Esporotricose (EPI).

Transporte
Viajante tamanho GRANDE para cães de até 20kg - Pois caberão os cães maiores para podermos fazer resgates .. atualmente só temos o viajante para gatos.

Doações Financeiras
 Para ajudar a pagar exames, internações, tratamentos, e transporte do animal via UBER PET,

Contato via link https://chat.whatsapp.com/5TePUdhMxC5ICZ6kkjRnfy

Contamos com a ajuda de vocês! Assim juntos poderemos resgatar mais animais e dar dignidade à eles.

1-O que é Esporotricose?

1-O que é?
 A esporotricose é uma micose causada pelo fungo universal da espécie Sporothrix spp, mas causa doenças especialmente em indivíduos que residem em países de clima tropical e subtropical. O fungo Sporotrhix spp habita a natureza e está presente no solo, palha, vegetais, espinhos, madeira. A esporotricose, em sua forma clássica, foi por muito tempo conhecida como “a doença do jardineiro”. Isso porque era comum acometer esses profissionais, assim como também agricultores ou outras profissões e indivíduos que tivessem contato durante atividades de lazer com plantas e solo em ambientes naturais onde o fungo estivesse presente.
 Além de atingir seres humanos, também acomete várias espécies de animais silvestres e domésticos, principalmente o gato e o cachorro. Enquanto os cachorros adquirem uma forma de baixa virulência, semelhante a dos humanos, os gatos geralmente adquirem uma forma grave e disseminada da doença.

Quando o profissional ou o cuidador tem contato com o gato, por meio de arranhões ou trato respiratório, ou com a pele contaminada, esse indivíduo pode adquirir a esporotricose zoonócia, transmitida por felinos. Não há relatos de transmissão de homem para homem e de cachorro para homem. A maioria dos relatos é de transmissão de gato para homem e de gato para cachorro. Especialistas admitem que a doença hoje, é considerada a maior infecção por animais no mundo. No Brasil a doença também é transmitida pela espécie, exclusiva, Sporothrix brasiliensis.


Atualmente, a esporotricose zoonótica já é considerada uma hiperendemia na cidade do Rio de Janeiro. Isso se deve à transmissão pelo contato com felinos doentes que são abandonados ou que vivem nas ruas. Gatos apresentam alto potencial de transmissão, pois os fungos estão presentes em grande quantidade no aparelho respiratório por meio de secreções, e nas lesões cutâneas e de outros tecidos em casos mais graves.
A transmissão pode ocorrer pelo contato com gotículas de secreção respiratória do gato afetado na fase inicial da doença, com a pele sadia, porém contaminada com o fungo, com as lesões no pelo, unhas, olhos, boca e patas, como também por meio de mordeduras ou arranhaduras de gatos enfermos. Esses animais têm o costume de se esfregar e lamber uns nos outros, e esse comportamento colabora para a disseminação da esporotricose - não só entre eles, mas também entre gatos e humanos.
Mas não é só a cidade do Rio de Janeiro que tem apresentado casos. Em São Paulo, já em 2015, foram relatados surtos em um bairro da zona leste, Itaquera. O Centro de Controle de Zoonoses (CCZ) recebeu uma denúncia e, por meio de uma busca na região, encontrou mais de 100 felinos com esporotricose. Na época, cerca de 13 pessoas que tiveram contato com os animais foram diagnosticadas com a doença e encaminhadas para tratamento. Há outros casos descritos na região centro-oeste e região sudeste e sul.
É muito importante se atentar para estas informações a seguir: quando um gato é diagnosticado com a doença em estágio inicial, é possível que, após longo tratamento, atinja a cura. Todavia, caso o animal morra, ele não pode ser enterrado, pois isso propagaria o fungo no meio ambiente. O corpo precisa ser cremado. Porém, na maioria dos casos, mesmo com o tutor presente, o animal é erroneamente abandonado para vir a falecer na rua. Já os animais que vivem em situação de rua, acabam morrendo e sendo deixados ao ar livre. Essas duas situações perpetuam a doença porque permitem que o fungo se espalhe e se reproduza no meio ambiente, acometendo outros gatos abandonados e sadios que vivem nas ruas.
Atualmente encontra-se no nordeste do Brasil, estando sendo mapeado neste ano de 2018 em Pernambuco em uma tentativa de combate a este fungo. Leia mais adiante como você poderá participar ativamente neste projeto de mapeamento.


2-Sintomas:
Nos felinos, os sintomas são variados. Os sinais mais comuns são as lesões ulceradas na pele, ou seja, feridas profundas, geralmente com pus, que não cicatrizam e costumam evoluir rapidamente.



Em seres humanos, normalmente, a infecção é benigna e se limita apenas à pele, mas há casos em que ela se espalha por meio da corrente sanguínea e atinge ossos e órgãos internos.

 O período de incubação do fungo no organismo pode levar de sete a 30 dias, podendo chegar até a seis meses após a infecção.
Os sintomas variam de acordo com a forma com que se manifesta, ou seja, se ela é cutânea ou extracutânea. O mais comum é que primeiro apareça um pequeno nódulo doloroso, bem similar a uma picada de inseto. Ele pode ser na cor vermelha, na rosa ou na roxa; ser purulento ou não, e o mais corriqueiro é que surja no dedo, na mão ou no braço em que o fungo penetrou.



Na versão extracutânea, como o fungo pode comprometer diversas áreas do organismo, os sintomas variam de acordo com a que foi afetada. Se afetar os ossos e as articulações, os sintomas são similares ao de uma artrite infecciosa.
Já quando atinge os pulmões, por exemplo, os sintomas se assemelham bastante aos da tuberculose. Nos casos das formas cutâneas, ela pode surgir em três tipos diferentes:

 • Cutâneo-linfática: é a mais frequente e se caracteriza por um nódulo ulcerado que, geralmente, ocorre no local de inoculação, ou seja, na mordedura, no arranhão, o local de contato com o animal doente. Dele, se forma um cordão endurecido que segue por um vaso linfático em direção aos gânglios. Ao longo desse cordão, outros nódulos são formados, e também podem ulcerar, fistulizar ou drenar pus.

 • Cutâneo-disseminada: espalham-se por toda a pele e são mais frequentes em pacientes imunodeprimidos como doentes renais e pessoas contaminadas pelo vírus HIV.

 • Cutâneo-localizada ou cutânea-fixa: caracteriza-se por um nódulo avermelhado e pode ser duro com superfície áspera ou ulcerada. Além dos membros superiores, pode atingir também as mucosas, como os olhos e a boca.





3-Tratamentos A doença não é considerada grave e tem cura. Porém, seu tratamento deve começar logo. São raros os registros de mortes em humanos. Eles são mais comuns em pessoas com a imunidade baixa, como alcoólatras, portadores de HIV, aquelas submetidas à quimioterapia para tratamento de câncer ou com doenças renais e diabetes.


Quando não tratada corretamente, a doença pode levar também o animal à morte. Em humanos, o diagnóstico é feito por um médico dermatologista e o tratamento pode ser longo, por volta de três a seis meses, podendo chegar a um ano.
 E, em momento algum, deve ser abandonado.

 Há uma série de medicamentos que podem ser prescritos no tratamento: iodeto de potássio, foi a primeira droga eficaz usada, mas pode causar inúmeros efeitos colaterais.Além desses dois medicamentos, há a possibilidade do tratamento ser feito à base de terbinafina, fluconazol e antofericina B.

Atenção: a automedicação nunca deve ser feita.


4-Prevenção

A esporotricose é considerada uma doença negligenciada e um problema de saúde pública.

 Ela decorre da ausência de um programa ou de ações de controle; da falta de medicação gratuita para o tratamento, tanto em humanos quanto em animais; e do desconhecimento da população sobre as medidas de controle.
O gato não é o vilão. Na verdade, é a maior vítima da doença. Por enquanto, infelizmente, não há nenhuma vacina (para humanos ou animais) contra a esporotricose.



Porém, em 2016, a Unesp (Universidade do Estado de São Paulo) divulgou que está desenvolvendo uma vacina veterinária, indicada aos gatos, contra a doença. No caso de o animal de estimação apresentar a doença, o ideal é que ele seja isolado e receba tratamento.
 É importante frisar, novamente, que em caso de morte do animal com esporotricose, o corpo precisa ser cremado e não enterrado, para que o fungo não se espalhe pelo solo e outros animais, e até mesmo pessoas, possam ser contaminados.
 O ideal é que o gato não saia de casa, evitando, assim, que contraia esta ou outras doenças. Para quem trabalha ou gosta de jardinagem ou de mexer na terra, para atenuar os riscos de contrair a doença, é importante que se use roupas e luvas protetoras ao manusear o jardim ou outros materiais que possam estar contaminados com fungos. Fonte:http://www.sbd.org.br/dermatologia/pele/doencas-e-problemas/esporotricose/58/